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15 julho, 2009

Dietilamina do ácido lisérgico...


ou 25ª síntese da ergotamina ou o popularmente conhecido LSD foi descoberto pelo químico alemão Albert Hoffmann,na Sandoz (um dos três grandes grupos farmacêuticos de Bâle) em 1943. E, por incrível que pareça, foi por acidente que ele deu esse presente a humanidade (eu não estou fazendo apologia às drogas!). Estava ele,aos 16 dias do mês de abril, um belo dia ensolarado, trabalhando, pesquisando sobre como amenizar o sofrimento de doentes terminais...quando...de repente...PLUF!um pouquinho da substância que ele manuseava caiu sobre sua mão e, logicamente, foi absorvida por seu organismo...foi quando Dr. Albert começou a sentir sensações estranhas como angústia, vertigens e alucinações. Viu o rosto de seus colegas de trabalho se transformarem e decidiu ir para casa, onde, continuou sua "viagem" e adormeceu após "algum" tempo.
Três dias depois, no dia 19 de abril, após passarem as alucinações e ele estar mais calmo, ele decidiu repetir a experiência mas de forma voluntaria e com uma quantidade um pouco maior, 250 µg, e chamou um médico para acompanhá-lo. O médico, afirmando que estava tudo normal no aspecto físico de Hoffmann, o deixou "curtir" sua "viagem"...Depois de passar várias horas apavorado achando que havia sido possuído por um demônio, que sua vizinha era uma bruxa e que seus móveis estavam o ameaçando...Descreveu maravilhosamente sua experiência: "O meu eu desapareceu num estado místico, o céu e a terra se juntaram, eu me senti como parte integrante do universo, entrando num novo estado de consciência".

Após alguns anos o LSD era usado como recurso psicoterapêutico e para tratamento de alcoolismo e disfunções sexuais.

Mas, com o aumento do movimento Psicodélico na Inglaterra, por volta dos anos 60, o LSD passou a tomar conta das noites londrinas e do cenário musical inglês. O consumo do LSD difundiu-se nos meios universitários norte-americanos, hippies, grupos de música pop, ambientes literários, etc.

Até os serviços de inteligência da guerra fria estavam muito interessados nas possibilidades de utilizar o LSD em interrogatórios e em controle de mente (hahaha), e também para uma engenharia social de larga escala.

O governo britânico também se interessou em testar o LSD; em 1953 e 1954, com os cientistas trabalhando para procurar uma "droga da verdade". Os voluntários dos testes não eram informados de que estavam consumindo LSD, e foi informado a eles que estavam fazendo pesquisas para outras doenças. Um voluntário, na época com 19 anos, relatou ver "paredes derretendo, e rachaduras aparecendo nos rostos das pessoas, olhos que corriam nas bochechas, entre outras figuras". Depois de manter os testes em segredo por muitos anos, o governo britânico aceitou em 2006 pagar aos voluntários uma compensação financeira. Assim como a CIA, os britânicos decidiram que o LSD não era uma droga útil para propósitos de controle de mente.

Diversos profissionais da saúde se envolveram em pesquisas sobre o LSD, mais notavelmente os professores de Harvard Dr. Timothy Leary e Richard Alpert, se convenceram do potencial do LSD como uma ferramenta para o crescimento espiritual. Em 1961, o Dr. Timothy Leary recebeu uma quantia de dinheiro da Universidade de Harvard para estudar os efeitos do LSD em voluntários. 3.500 doses foram dadas para mais de 400 pessoas. Daqueles testados, 90% disseram que eles gostariam de repetir a experiência, 83% disseram ter aprendido alguma coisa ou ter tido uma "iluminação" (insight), e 62% disseram que o LSD mudou suas vidas para melhor.

A droga foi proibida nos Estados Unidos (só podia!) em 1967, com as pesquisas terapêuticas científicas assim como pesquisas individuais também se tornando cada vez mais difíceis de se realizar. Muitos outros países, sob pressão dos Estados Unidos(leia-se, "donos do mundo"), rapidamente seguiram a restrição. Desde 1967, o uso recreacional e terapêutico do LSD tem continuado em muitos países, suportado por um mercado negro e uma demanda popular pela droga. Experimentos de pesquisa acadêmica legalizados ainda são conduzidos esporadicamente, mas raramente envolvem seres humanos. Apesar de sua proibição, a cultura hippie continuou a promover o uso regular de LSD. Bandas como The Beatles, The Doors, The Grateful Dead e Pink Floyd fizeram esse papel.

Efeitos

Os efeitos variam conforme a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser extremamente agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, baforadas delirantes podendo conduzir a atos auto-agressivos (suicídio) e hetero-agressivos, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, depressão, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por “má viagem” (bad trip). Poderão ainda ocorrer náuseas, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial e do ritmo cardíaco, debilidade corporal, sonolência, aumento da temperatura corporal.

Os efeitos do LSD normalmente duram de oito a doze horas, já foi relatado que: "distúrbios intermitentes podem ocasionalmente persistir por diversos dias."

O LSD não provoca dependência física e ainda existem divergências sobre se provoca dependência psicológica. É desaconselhável para pessoas com esquizofrenia ou outros distúrbios mentais. Nunca foram constatadas mortes decorrentes diretamente do uso do LSD. (que o diga Albert Hoffmann, que morreu aos 102 anos, no dia 29 de abril de 2008 em sã consciência!)






Ácido, doce, cones, microponto, gota, fiote, quadrado, papel,macrobiótico, kblos, porongos, bike, filete, selo, trips, allone, passaporte, audiovisual e farpa.










"O meu eu desapareceu num estado místico, o céu e a terra se juntaram, eu me senti como parte integrante do universo, entrando num novo estado de consciência"

(Albert Hoffmann 11/01/1906 - 29/04/2008)

1 comentários:

Cassiano Xavier disse...

ABEMOS PAPA

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